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Receita de Nimono em 11 passos

Receita de Nimono em 11 passos
Alimentação saudável

Receita de Nimono em 11 passos 

O Nimono é um prato tradicional japonês que consiste em vegetais e, às vezes, proteínas, cozidos em um caldo saboroso à base de dashi, shoyu, mirin e açúcar. É simples de preparar, mas repleto de sabores sutis e equilibrados que representam a essência da culinária japonesa. Perfeito como acompanhamento ou prato principal leve.

Ingredientes para 4 porções:

  • Caldo de cozimento (Nimono Dashi):
  • 2 xícaras de dashi (caldo básico japonês – pode ser feito com alga kombu e flocos de bonito, ou usar sachês prontos)

  • 2 colheres de sopa de shoyu (molho de soja)

  • 2 colheres de sopa de mirin (vinho doce de arroz)

  • 1 colher de sopa de açúcar

  • 1 pitada de sal (opcional, ajuste ao seu gosto)

  • Ingredientes principais:
  • 1 cenoura grande, cortada em fatias ou flores decorativas

  • 1 batata ou batata-doce, descascada e cortada em pedaços grandes

  • 1/2 raiz de lótus (renkon), cortada em fatias (opcional)

  • 1/2 xícara de cogumelos shiitake ou shimeji (frescos ou secos)

  • 1 bloco de tofu firme ou 200g de carne magra (frango, porco ou peixe), cortados em pedaços médios

  • 1 pedaço pequeno de alga kombu (opcional)

  • 1 pedaço de konjac (massa gelatinosa), cortado em tiras ou cubos (opcional)

Instruções

  • Se usar cogumelos secos, reidrate-os em água morna por cerca de 20 minutos antes de usá-los.
  • Corte todos os vegetais e proteínas em tamanhos parecidos para garantir um cozimento uniforme.
  • Escalde o konjac (se estiver usando) em água fervente por 2 minutos para retirar qualquer odor característico.
  • Em uma panela média, combine o dashi, shoyu, mirin e açúcar. Leve ao fogo médio e mexa até o açúcar dissolver completamente.
  • Adicione primeiro os vegetais mais duros, como cenouras, batatas e raiz de lótus (se estiver usando). Isso garante que cozinhem adequadamente.
  • Coloque o tofu ou a carne e os outros ingredientes, como cogumelos e konjac, por cima.
  • Cubra os ingredientes com uma folha de papel-manteiga (otoshibuta, se tiver) diretamente sobre eles. Isso ajuda a distribuir o calor de forma uniforme e impede que os ingredientes se desmanchem.
  • Deixe cozinhar em fogo baixo por cerca de 15 a 20 minutos, ou até que os vegetais estejam macios e o caldo tenha reduzido ligeiramente.
  • Prove o caldo e ajuste os temperos, se necessário (adicione mais shoyu ou açúcar, conforme o gosto).
  • Retire a alga kombu antes de servir.
  • Sirva o Nimono quente, acompanhado de arroz branco japonês. Polvilhe com cebolinha picada ou gergelim, se desejar.

Dicas e Variações

  • Para um toque mais rico, adicione pedaços de abóbora japonesa (kabocha) ou taro (satoimo).
  • Se desejar um sabor mais doce, aumente a quantidade de mirin ou açúcar.
  • O Nimono é ainda mais saboroso quando preparado com antecedência, pois os ingredientes absorvem melhor os sabores do caldo após algumas horas ou durante a noite.

Conheça um pouco da história dessa receita:

Quando se fala em comida caseira japonesa, é difícil não pensar em Nimono, um prato tão simples quanto reconfortante. Traduzido literalmente como “cozido” em japonês, o nimono é mais do que uma técnica culinária: é uma forma de preservar tradições, honrar ingredientes e proporcionar aconchego a quem o saboreia. Este prato representa uma das muitas maneiras como a culinária japonesa equilibra sabores, textura e simbolismo cultural.

A história do nimono remonta à antiga cultura japonesa, onde a simplicidade e a reverência pela natureza sempre estiveram no centro das práticas culinárias. Antes da popularização do shoyu e de outros temperos que conhecemos hoje, o nimono era preparado com ingredientes disponíveis localmente e temperos rudimentares, como sal e missô. Ele surgiu como uma forma de preparar alimentos de maneira prática e nutritiva, maximizando o uso de vegetais, tubérculos, carnes e peixes.

O nimono ganhou força especialmente durante o período Edo (1603–1868), quando o Japão vivia em isolamento do resto do mundo. Foi nessa época que o shoyu se tornou um ingrediente indispensável, transformando a forma como os japoneses temperavam seus pratos. O shoyu, combinado com açúcar, saquê e mirin, deu ao nimono o equilíbrio perfeito entre o salgado, o doce e o umami, que se tornaram marcas registradas da culinária japonesa.

Diferentemente de pratos elaborados da alta gastronomia japonesa, o nimono é um exemplo de “washoku”, o estilo tradicional de culinária que valoriza o equilíbrio e a harmonia. No washoku, a comida não é apenas um meio de nutrição; é uma forma de se conectar com a estação do ano, os ingredientes locais e os sentimentos daqueles que preparam o prato.

O nimono segue essa filosofia com precisão. Cada ingrediente é escolhido de acordo com a estação, e o prato é preparado de forma a preservar as características naturais de cada elemento. Os vegetais de inverno, como o daikon (nabo japonês) e a bardana, fornecem conforto em dias frios, enquanto as raízes e tubérculos, como a batata-doce, simbolizam a conexão com a terra.

Além disso, o nimono não é apenas um prato de um único sabor ou textura. Ele combina diferentes ingredientes para criar uma experiência completa, onde cada mordida traz um equilíbrio único de maciez, crocância e umidade.

Para muitas famílias japonesas, o nimono é um alimento básico, frequentemente preparado em grandes quantidades e servido ao longo de vários dias. Sua natureza versátil permite que seja adaptado para diferentes ocasiões e gostos. Por exemplo, enquanto algumas versões utilizam apenas vegetais, outras incorporam carnes como frango ou carne de porco, ou frutos do mar como peixe e vieiras.

Uma das variações mais conhecidas é o Chikuzenni, um tipo de nimono originário da região de Kyushu, que combina frango, raízes de lótus, cenoura e bardana. Tradicionalmente, ele é preparado para celebrações de Ano Novo, simbolizando prosperidade e longevidade.

Embora o nimono seja uma preparação tradicional, ele continua a influenciar a culinária japonesa moderna e até a internacional. Muitos chefs renomados reinterpretam o nimono, usando ingredientes contemporâneos ou técnicas ocidentais para criar pratos únicos que mantêm a essência do cozimento lento e do equilíbrio de sabores.

Na culinária japonesa do dia a dia, o nimono também se adapta às tendências modernas. Hoje, é comum encontrar receitas de nimono adaptadas para dietas vegetarianas ou que utilizam temperos ocidentais, como azeite de oliva, criando uma fusão entre o clássico e o contemporâneo.

A chave para um bom nimono é o cozimento lento e controlado, permitindo que os sabores dos ingredientes se misturem e criem uma harmonia perfeita. Isso reflete a paciência e o respeito que os japoneses têm pela comida. Diferentemente de técnicas que priorizam rapidez, o nimono ensina que o tempo é um ingrediente essencial.

O tempo de cozimento não apenas intensifica os sabores, mas também transforma a textura dos ingredientes. Raízes e vegetais se tornam macios, carnes absorvem os temperos e até os líquidos se transformam, criando um molho denso e saboroso.

Mais do que um prato, ele é uma porta de entrada para compreender a cultura japonesa. Ele simboliza o amor pela simplicidade, o respeito pela sazonalidade e a conexão entre pessoas e alimentos. Nas refeições em família, o nimono é um prato compartilhado, colocado no centro da mesa, criando um momento de união e gratidão.

No Japão, também há uma prática comum de ensinar a próxima geração a preparar pratos tradicionais como o nimono. Isso garante que a história e as técnicas culinárias sejam passadas adiante, perpetuando o legado de um prato que é, ao mesmo tempo, humilde e profundamente significativo.

O nimono pode parecer simples à primeira vista, mas é exatamente essa simplicidade que o torna tão especial. Cada pedaço de vegetal, cada gole de caldo e cada aroma que sobe da panela carregam consigo séculos de tradição e cultura. Ele é mais do que comida; é memória, conforto e conexão.

Se você nunca experimentou ou preparou nimono, esta pode ser a oportunidade perfeita para explorar esse prato e tudo o que ele representa. Afinal, como a culinária japonesa nos ensina, muitas vezes é na simplicidade que encontramos as maiores riquezas.

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