Receita de Picadinho de Carne em 6 passos
O Picadinho de Carne é um prato clássico da culinária brasileira, perfeito para um almoço reconfortante em família. A carne macia, bem temperada, acompanhada do arroz soltinho, cria uma combinação simples e deliciosa. Vamos ao passo a passo!
Ingredientes para o picadinho
500 g de carne bovina (patinho, coxão mole ou alcatra), cortada em cubos pequenos
1 cebola média picada
2 dentes de alho picados
2 colheres de sopa de óleo ou azeite
2 tomates maduros picados (sem sementes)
1/2 pimentão vermelho picado (opcional)
1 colher de sopa de extrato de tomate
1/2 xícara de água quente
Sal e pimenta-do-reino a gosto
1 colher de chá de cominho ou colorau (opcional)
Cheiro-verde picado para finalizar
Instruções
- Em uma panela, aqueça o óleo e doure os cubos de carne em fogo alto. Vá mexendo para que fiquem dourados por igual.
- Adicione a cebola e o alho picados e refogue até ficarem levemente dourados.
- Acrescente os tomates picados e o pimentão (se estiver usando), misturando bem.
- Adicione o extrato de tomate, tempere com sal, pimenta-do-reino e cominho ou colorau, se desejar.
- Coloque a água quente, mexa bem e tampe a panela. Deixe cozinhar em fogo baixo por 15 a 20 minutos, até a carne ficar macia e o molho engrossar.
- Finalize com cheiro-verde picado.
Dicas:
- Sirva o picadinho de carne bem quente acompanhado do arroz branco soltinho.
- Se quiser incrementar, sirva com um ovo frito, uma farofinha e banana frita ao lado. É uma combinação tradicional e irresistível!
- Para um toque especial, adicione legumes ao picadinho, como cenoura ou ervilha, para um prato mais completo.
Agora é só aproveitar essa delícia, perfeita para um almoço caseiro cheio de sabor!
Conheça um pouco da história dessa receita:
Presente em mesas de norte a sul do país, o picadinho de carne é aquele tipo de receita que nos transporta imediatamente para a cozinha da nossa infância, onde o aroma da carne refogada com temperos tomava conta da casa. Embora seja um prato humilde, ele carrega uma rica história, que reflete a criatividade e a versatilidade da nossa gastronomia.
O picadinho de carne, como conhecemos hoje, tem suas raízes na tradição culinária de aproveitar cada pedaço de alimento disponível, uma prática comum em cozinhas de várias partes do mundo. Seu conceito é simples: carne bovina cortada em pedaços pequenos, geralmente refogada com cebola, alho e outros temperos, e servida com acompanhamentos como arroz, feijão ou farofa.
Essa ideia de picar a carne em pedaços menores não é exclusiva do Brasil. Muitos países têm suas próprias versões de pratos semelhantes. Na França, por exemplo, há o bœuf bourguignon, onde a carne é cozida lentamente com vinho e vegetais. No Oriente Médio, encontramos pratos como o shawarma, que também utiliza pedaços de carne temperada. O que diferencia o picadinho brasileiro é sua simplicidade e a capacidade de se adaptar ao que há disponível na despensa.
No Brasil, o picadinho de carne se popularizou no século XIX, durante o período imperial. Era uma solução prática para aproveitar cortes de carne menos nobres, que, quando bem temperados e cozidos com paciência, se transformavam em uma refeição saborosa e nutritiva. Com o tempo, ele ganhou espaço tanto nas mesas das famílias humildes quanto em restaurantes sofisticados, que reinventaram o prato com toques modernos e elegantes.
O picadinho de carne é um reflexo da criatividade brasileira na cozinha. Ele é versátil e pode ser adaptado para diferentes gostos e ocasiões. É justamente essa flexibilidade que o tornou tão popular em todo o país.
Nas casas brasileiras, o picadinho é um prato do dia a dia, preparado com ingredientes simples e acessíveis. A carne é frequentemente acompanhada por um arroz branco soltinho e feijão, formando a clássica combinação brasileira que agrada a todos. Já em ocasiões mais especiais, o picadinho pode ser incrementado com ingredientes como vinho, especiarias ou até mesmo cogumelos, ganhando um ar mais sofisticado.
No Nordeste, por exemplo, é comum encontrar versões de picadinho com um toque regional, onde a carne é temperada com coentro e acompanha pirão ou cuscuz. No Sudeste, especialmente no Rio de Janeiro, o picadinho é um prato tradicional de botequins, servido com farofa, ovo frito e banana à milanesa. Essas variações mostram como cada região do Brasil conseguiu imprimir sua própria identidade nesse prato.
Mais do que um simples prato, o picadinho de carne carrega um forte valor emocional. Ele faz parte daquilo que chamamos de culinária afetiva, aquela que nos conecta com memórias de pessoas queridas e momentos especiais. Quem nunca se sentou à mesa para saborear um picadinho preparado pela avó ou pela mãe, acompanhado de histórias, risadas e aconchego?
É interessante notar como um prato tão simples consegue trazer um senso de pertencimento e carinho. Talvez isso aconteça porque o picadinho, com sua preparação descomplicada e sabor familiar, representa o que há de mais genuíno na relação entre comida e afeto. Ele não precisa de técnicas elaboradas ou ingredientes caros para ser especial; seu segredo está no cuidado e na intenção de quem o prepara.
Curiosidades sobre o Picadinho
- Corte da Carne
Originalmente, o picadinho era feito com cortes de carne mais baratos, como coxão duro ou acém. O segredo para deixá-los macios era cozinhá-los lentamente. Hoje, cortes mais nobres, como alcatra ou filé mignon, também são usados, especialmente em versões sofisticadas do prato. - Acompanhamentos Clássicos
Embora o arroz branco e o feijão sejam os acompanhamentos mais tradicionais, o picadinho também combina bem com purê de batata, mandioca frita ou até polenta. Em alguns lugares, ele é servido com pão, como uma opção mais leve. - Picadinho de Luxo
Alguns restaurantes renomados reinventaram o picadinho, adicionando ingredientes como trufas, vinho tinto ou molhos à base de manteiga. Apesar das inovações, a essência do prato continua sendo sua simplicidade e sabor. - Versões Vegetarianas e Veganas
Com a crescente demanda por pratos vegetarianos e veganos, o picadinho também ganhou adaptações. Em vez de carne, são usados ingredientes como cogumelos, proteína de soja ou até legumes, mantendo o espírito do prato, mas com uma proposta mais leve e sustentável.
Mesmo em um mundo onde a culinária está em constante evolução, o picadinho de carne mantém seu lugar de destaque. Ele consegue ser ao mesmo tempo nostálgico e atual, agradando tanto a quem busca sabores tradicionais quanto a quem está aberto a novas experiências.
Essa longevidade do picadinho de carne também se deve à sua capacidade de se reinventar. Hoje, ele pode ser encontrado em diferentes versões: no cardápio de um restaurante estrelado, no almoço rápido de um boteco ou na marmita do trabalhador. Seja qual for o contexto, ele nunca perde sua essência de comida reconfortante.
Em cada casa, ele ganha um toque especial: o tempero diferente, o ingrediente extra, o jeito único de cortar a carne ou de preparar o molho. Essas particularidades tornam cada picadinho de carne único, mas sempre reconhecível como parte de algo maior — a identidade culinária brasileira.
Seja na simplicidade de uma refeição diária ou na sofisticação de um jantar especial, o picadinho de carne continua sendo uma prova de que, na cozinha, o que realmente importa é o sabor, o carinho e as histórias que compartilhamos à mesa.
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